"É a vaidade, Fábio*, nesta vida
Rosa, que de manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida.
É planta, que de abril favorecida,
Por mares de soberba desatada,
Florida galeota empavesada,
Sulca ufana, navega destemida.
É nau enfim, que em breve ligeireza,
Com presunção de Fênix generosa,
Galhardias apresta, alentos preza:
Mas ser planta, ser rosa, ser nau vistos
De que importa, se aguarda sem defesa
Penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa?"
Gregório de Matos Guerra
*pode colocar seu nome aqui...
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