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em inconstante definição.

quarta-feira, maio 10, 2006

"Cuidado com o que desejas....

...pois poderá ser atendido."É uma antiga máxima bem comum entre neopaganistas. Mas comum ainda para quem leu as Brumas de Avalon...
Ai, ai.Desabafos no blog. Eu fui má. Agi errado sabendo que era errado, sabendo que o outro (ou meu "próximo", se alguém quiser deportar-me logo pros infernos) era mais fraco e bastava ter dito não para ele e nada teria acontecido.Eu incitei, eu dei corda...Eu acredito no poder de escolha e que ninguém obriga ninguém a nada- nem com uma arma na cabeça, por que você escolhe morrer ou fazer- mas dei um empurrãozinho, sorri da hesitação,dos desejos conflitantes e ...Não tive ressaca moral, não me sinto culpada e pode ser que a outra pessoa em questão esteja assim.
Sinceramente? Deve ter algo errado comigo.Fui bem o Mordred que minha irmã sempre disse que eu era. Mau conselho... E querem saber o pior? Era algo que eu queria, mas devia não querer.Queria e sabia das implicações. E o que houve depois foi desapontamento por conseguir uma coisa desejada.Não pela coisa em sim, não sei se pelo mal-estar alheio também conseguido, com certeza pelo "sim e daí?o que faço com isso agora?". Ou talvez por que desejar algo pode ser tão bom quanto obtê-lo. Mas eu queria. Por isso não tive sentimento algum em relação aos temores de quem quer que fosse.
Eu apenas queria. E pronto! Eis-me aqui gemendo por não lamentar, sofrendo por não sentir nada-ou melhor sentindo algo sim, uma sensação de "argh", se é que dá para entender isso. Isso me lembra Tolstoi...(Já me disseram que romantizo as coisas, não é! Sempre comparamos nossos atos e advém deles nossos conceitos de moral, ética, certo e errado e esse monte de coisas que martelam diariamente "posso?","não posso?", "devo?", não devo?") Lembra Anna Karenina, coisa das brumas da minha adolescência - e digo logo que não acho o adultério o melhor do livro e sim a busca existencial de Levine, mas traição sempre causa mais frisson que alguém em busca de si mesmo...Quase 150 páginas e muitos devaneios e recados e assédios e "coicidências" para encontrar e falar com Anna- jovem esposa devotada a seu velho -e repugnante- marido e a mãe amorosa, exemplo pra quem quisesse ver- Vronsky consegue o que mais desejava...E depois de tudo, quando olhar para ela, é esse mesmo "argh" que ele sente. "argh" pelo que fizeram, "argh" por que ele amava a virtude dela, isso de não ser como todos, corruptíveis, de não como ele mesmo, alguém que nunca teve muita moral (essa parte acho que não se aplica muito à minha pessoa, pelo menos isso...).Amava-a por que lhe era inatingível.E estava desfeito.
Estou mal por não estar mal...vai entender...Esse post tá uma porcaria caótica.Mas não era pra ser poético (não tenho sensibilidade nem pretensões pra tanto), nem espirituoso, nem bem escrito nem nada.Caótico como são os desabafos...ai,ai...Já nem sei o que desejo...ou melhor, sei sim.....E Suhelen diz pra eu deixar de viajar....Oh, eu! Oh, vida!

2 comentários:

Anônimo disse...

vc e esse seu senso de errado, seu código de honra...já avisei-lhe o que é perder grandes coisas por causa de algo tão tênue...adianta dizer pra vc parar de sentir pelos outros...cada um q cuide do q é seu e quem não tem competência pra cuidar deve mais é perder...

Anônimo disse...

oh eu oh vida digo eu, dessa... algumas viagens tuas são interessantes... bjos