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em inconstante definição.

domingo, novembro 30, 2008

Novembro

E Novembro não trouxe a morte nem qualquer libertação. Apenas passou.

Foram semanas forasteiras.

Dos dias, pouco lembro... Alguns na cama, sem ter muitos porquês para levantar e me entulhando de trabalho até o Natal. Outros, fui de má vontade por aí, equilibrando-me para continuar de pé.

 Nas noites, uma a uma, vi o céu em todos os seus nuances – azul, negro, chumbo. O escuro e as estrelas. O escuro e o nada. Segui o caminhar da lua durante o mês: quando era só um pedaço amarelo e minguado escondido entre as nuvens- igual a mim. Cresceu, cresceu, voltou Cibele, cheia e fértil - e eu ainda estava a lhe observar. Tanta solidão na Terra que nessas noites quentes, só existiam ela e eu.

Mesmo o Tempo, deus impiedoso, estagnado e célere, deixou-me tão alheia à realidade que contei meus dias pela cartela de um remédio de irrevogável uso diário, meu único contato com a Sua passagem.

Cansou-me.

Mas hoje é o ultimo! Brindo assim a esse término-e-tão-bom-começo.

Um comentário:

Anônimo disse...

novembro voou.
e já foi. e já vem dezembro.

descansa.

=)