derramo minha carne em remoinhos e a deixo flutuando em pontas rendilhadas.
Eu me planto no chão para crescer com a relva que eu amo,
se de novo me quiserdes buscai-me embaixo das solas dos vossos sapatos.
Dificilmente sabereis quem sou ou o que significo,
mas, apesar de tudo para vós serei boa saúde
purificando e dando fibra ao vosso sangue.
Deixando de encontrar-me ao primeiro momento, conservai a coragem:
perdendo-me em algum lugar, ide procurar-me em outro;
em algum ponto eu hei de estar parado a esperar por vós.
Walt Whitman, Folhas de Relva,tradução Geir Campos, 1964
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