domingo, outubro 16, 2011
Tu e eu temos de permeio
a rebeldia que desassossega,
a matéria compulsiva dos sentidos.
Que ninguém nos dome,
que ninguém tente
reduzir-nos ao silêncio branco da cinza,
pois nós temos fôlegos largos
de vento e de névoa
para de novo nos erguermos
e, sobre o desconsolo dos escombros,
formarmos o salto
que leva à glória ou à morte,
conforme a harmonia dos astros
e a regra elementar do destino.
José Jorge Letria, in "Animália Odes aos Bichos"na foto, Lilly, uma das gatinhas que adotamos agora.
quarta-feira, outubro 12, 2011
segunda-feira, agosto 29, 2011
Poxa vida, essa eu quase desisti. Foi só ver esse "passiente"...Daí vem alguém dizer que a taxa de analfabetismo vem diminuindo - engano! agora é uma nova categoria, o analfabetismo funcional. Gente incapaz de entender a trama da novela da globo. Outro dia, levei "O jardineiro fiel" para uns alunos assistirem e as criaturas não entenderam o filme por que os acontecimentos são mostrados em parte na ordem inversa!
O mesmo dono dessa prova escreveu que o sinal de Romaña ( chagoma característico no olho que se apresenta edema inflamatório bipalpebral e unilateral e tem esse nome por conta do pesquisador Cecílio Romaña) era quando o "passiente" estava com leishmaniose e o útero adquiria o formato de romã. Criatividade nota 10 - mas, quanto a nota da prova...bem é melhor nem comentar.
cansada...
cansando...
cansada...
cansando...
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segunda-feira, agosto 15, 2011
Casa
Parece casa de filme de terror, né?
Fica na Praia da Pedra do Sal, Parnaíba, Piauí.
O mar e as pedras ficam atrás da casa.
lugar lindo, com potencial turístico, porém tratado com descaso. Numa sexta-feira, o lugar parecia uma cidade fantasma. Gosto de lá, só não acredito nos ETs.
Fica na Praia da Pedra do Sal, Parnaíba, Piauí.
O mar e as pedras ficam atrás da casa.
lugar lindo, com potencial turístico, porém tratado com descaso. Numa sexta-feira, o lugar parecia uma cidade fantasma. Gosto de lá, só não acredito nos ETs.
sexta-feira, julho 22, 2011
quarta-feira, julho 20, 2011
ó que bonitinho esse doodle!
Quanto ouvi falar em Mendel, confesso que foi amor a primeira aula de Biologia. Mas, depois apareceria Morgan e roubaria minha atenção....rs
O saudoso professor Valdir Edson Soares falava dos experimentos de Morgan para do (antigo) 1º ano do 2º grau de tal maneira que realmente fiquei interessada (na época, nem imaginava que faria minhas próprias extrações de DNA...)
.
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sono
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Quanto ouvi falar em Mendel, confesso que foi amor a primeira aula de Biologia. Mas, depois apareceria Morgan e roubaria minha atenção....rs
O saudoso professor Valdir Edson Soares falava dos experimentos de Morgan para do (antigo) 1º ano do 2º grau de tal maneira que realmente fiquei interessada (na época, nem imaginava que faria minhas próprias extrações de DNA...)
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sono
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terça-feira, julho 19, 2011
Os outros - Neil Gaiman
"O tempo é fluido por aqui", disse o demônio.
Soube que era um demônio no momento em que o viu. Ele apenas sabia, assim como tinha consciência de que aquele local era o Inferno. Não havia outra possibilidade de existência para ambos.
A sala era longa, e o demônio o esperava próximo de um braseiro fumegante na ponta oposta. Uma miríade de objetos encontava-se pendurada nas paredes pétreas, sendo que não parecia inteligente ou tentador analisá-los com maior minúcia. O teto era baixo; o chão, estranhamente etéreo.
"Aproxime-se", disse o demônio, e ele obedeceu.
O demônio estava nu e inclinado. Possuía cicatrizes profundas, e sua pele parecia ter sido arrancada à força em algum ponto de seu passado distante. Não possuía orelhas, não possuía sexo. Seus lábios eram finos e austeros, e seus olhos eram verdadeiramente demoníacos: haviam visto demais e ido longe demais; sob seu olhar, o homem se sentia mais insignificante do que um verme.
"O que acontece agora?", perguntou.
"Agora," disse o demônio, em uma voz desprovida de angústia e regozijo, dona unicamente de uma resignação seca e aterrorizante, "você será torturado."
"Até quando?"
O demônio balançou a cabeça e permaneceu em silêncio. Andou devagar, rente à parede, examinando um dos instrumentos pendurados nela, e então outro. Na outra ponta da parede, próxima à porta, jazia um flagelo de nove pontas, feito de arame farpado gasto. O demônio o pegou com a sua mão de três dedos e retornou à outra ponta da sala, carregando-o reverentemente. Colocou as pontas do flagelo no braseiro, e observou-as enquanto começavam a esquentar.
"Isso é desumano."
"Sim."
As pontas do flagelo brilhavam em um laranja mórbido.
Enquanto levantava o braço para desferir o primeiro golpe, afirmou que "Na hora certa, você se recordará desse momento com ternura."
"Mentiroso."
"Não," disse o demônio, "A próxima etapa", explicava enquanto desferia a chicotada, "é pior."
As pontas do flagelo pousaram sobre as costas do homem com um estalo e um chiado, perfurando através das roupas caras, queimando, despedaçando e rasgando a cada golpe e, não pela última vez naquele lugar, arrancando gritos.
Havia duzentos e onze instrumentos nas paredes daquela sala, e era sua sina experimentar cada um deles.
Quando, finalmente, a Filha Lázara - a qual acabou por conhecer de forma íntima - fora limpa e posta na parede no ducentésimo décimo-primeiro suporte, o homem soluçou com seus lábios arruinados: "E agora?"
"Agora," disse o demônio, "a verdadeira dor começa."
E começou.
Cada ato que não deveria ter sido posto em prática. Cada mentira contada - para si, ou para outrem. Cada pequena ferida, e todas as grandes. Tudo fora arrancado de suas entranhas, detalhe por detalhe, lentamente. O demônio destruiu o manto do esquecimento, rasgando-o até a verdade se sobressair, e aquilo doeu mais do que tudo.
"Diga-me o que você sentiu enquanto ela saía pela porta," afirmava o demônio.
"Senti meu coração se estilhaçando."
"Não," afirmou o demônio, sem ódio, "diga-me a verdade."
"Senti alívio, pois a partir de então ela nunca saberia que eu transava com a irmã dela."
O demônio desmanchou a vida de sua vítima momento por momento, relembrando-a de todos os instantes desconfortáveis. Aquilo durou cem anos, talvez mil - ambos tinham todo o tempo do mundo naquela sala cinzenta - e, perto do fim, o homem concluiu que o demônio estava certo: a tortura física fora mais gentil.
E então, a tortura se encerrou.
E, no mesmo momento em que se encerrara, se iniciou novamente. Havia o sentimento de que a primeira vez jamais ocorrera, o que de alguma maneira tornava tudo muito pior em seus olhos.
A partir de então, a cada palavra balbuciada, o ódio do homem em relação a si mesmo aumentava. Não havia dentro de si lugar para mentiras, fugas ou qualquer outro elemento que não fosse a dor e a cólera.
E então, deixou as palavras correrem de sua boca. Parou de derramar lágrimas por elas. Quando decidiu parar, um milênio depois, rezou para que, naquele momento, o demônio se dirigisse à parede e escolhesse a faca de esfolar, ou a mordaça, ou até mesmo os parafusos.
"Mais uma vez," disse o demônio.
Era como descascar uma cebola - mais uma camada que ocultava a vítima era destruída. Desta vez, aprendeu sobre consequências. Aprendeu sobre os resultados daquilo que praticara; tomou consciência de coisas para as quais estava cego ao colocá-las em prática; as maneiras pelas quais tornou o mundo algo pior; os danos causados a pessoas que nunca conhecera, encontrara ou tinha consciência da existência. Fora a mais dura lição até então.
"Mais uma vez," repetiu o demônio, passados mil anos.
A vítima se ajoelhou no chão, em frente ao braseiro, contorcendo-se suavemente de olhos fechados enquanto contava a história de sua vida. Experimentava-a novamente assim que a recontava - do nascimento à morte, com uma fidelidade ímpar à verdade, sem se esquecer de nada e suportando cada momento. Seu coração se abriu.
Quando terminou, sentou-se de olhos fechados, esperando a voz demoníaca dizer "mais uma vez", mas nada aconteceu. Abriu os olhos.
Se levantou devagar. Estava sozinho.
Na outra ponta da sala, havia uma porta. Ela se abriu.
Um homem passou por ela. Havia terror em sua face, bem como arrogância e orgulho. Vestia roupas caras, e hesitou em dar os primeiros passos dentro da sala longa e cinzenta.
Então, compreendeu.
"O tempo é fluido por aqui", disse ao recém chegado.
terça-feira, julho 12, 2011
curtas
Tese entregue.
Impressoras tem vontade própria. Mesmo!
Tenho duas semanas para superar o medo.
Cientistas não gostam de árvores.Minha casa parece a Papelândia.
Pós-graduação não é pra todo mundo. Sabe os dizeres no Portal do Inferno, em Divina Comédia? "Deixai toda esperança, ó vós que entrais!" = Isso é pós-graduação!
Se eu falasse dos quilos e cabelos brancos a mais e dos amigos a menos isso seria constrangedor!!
Impressoras tem vontade própria. Mesmo!
Tenho duas semanas para superar o medo.
Cientistas não gostam de árvores.Minha casa parece a Papelândia.
Pós-graduação não é pra todo mundo. Sabe os dizeres no Portal do Inferno, em Divina Comédia? "Deixai toda esperança, ó vós que entrais!" = Isso é pós-graduação!
Se eu falasse dos quilos e cabelos brancos a mais e dos amigos a menos isso seria constrangedor!!
terça-feira, julho 05, 2011
UFMA apura denúncia de racismo na instituição
Por Ricardo Valota, do estadão.com.br, estadao.com.br, Atualizado: 5/7/2011 5:26
SÃO PAULO - A administração da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) solicitou abertura de um processo administrativo disciplinar para apurar denúncias, partidas de estudantes do curso de Engenharia Química, sobre atitudes supostamente racistas do professor José Cloves Verde Saraiva contra o africano Nuhu Ayuba, inscrito na disciplina Cálculo Vetorial.Uma cópia da denúncia foi entregue ao Ministério Público Federal.
Na petição pública feita pelos alunos, eles afirmam: 'Informamos que o professor Cloves Saraiva vem sistematicamente agredindo nosso colega de turma Nuhu Ayuba humilhando-o na frente de todos os alunos.
Na entrega da primeira nota o professor não anunciou a de nenhum outro aluno, apenas a de Nuhu, bradando em voz alta que 'tirou uma péssima nota'. Por mais de uma vez o professor interpelou nosso colega dizendo que deveria 'voltar à África' e que deveria 'clarear a sua cor'.
Em um outro trabalho de sala o professor não corrigiu se limitando a rasurar com a inscrição 'Está tudo errado' e ainda faz chacota com a pronúncia do nome do colega relacionando com o palavrão 'No c.'; disse que o colega é péssimo aluno por que 'somos de mundos diferentes' e que 'aqui, diferente da África, somos civilizados' inclusive perguntando 'Com quantas onças já brigou na África?'.
Nuhu não retruca nenhuma das agressões e está psicologicamente abalado, motivo pelo qual solicitamos que esta instituição tome as providências que a lei requer para o caso'.
O reitor Natalino Salgado afirmou que 'é lamentável a ocorrência de fatos dessa natureza em qualquer instância pedagógica, ainda mais em uma universidade pública, como a UFMA', e que, segundo ele, 'vivencia dias de grandes conquistas no processo de inclusão social e de acordos internacionais que favorecem a mobilidade estudantil, assim como a docente'. 'Temos pautado nosso trabalho no respeito e na dignidade humana; e não partilharemos de atitudes que se caracterizem em retrocesso e vergonha para a nossa sociedade.
Os estrangeiros, assim como todos os outros estudantes, têm o nosso apreço e respeito. Vamos continuar honrando os acordos educacionais e culturais assumidos pela Universidade e pelo Governo Brasileiro com outros países', disse.
Segundo ainda nota divulgada pela reitoria, 'a UFMA disponibiliza anualmente duas vagas de cada curso, no período diurno, para o PEC-G, Programa de Estudantes-Convênio de Graduação, que oferece oportunidades de formação superior a cidadãos de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais.
Desenvolvido pelos ministérios das Relações Exteriores e da Educação, em parceria com universidades públicas - federais e estaduais - e particulares, o PEC-G seleciona estrangeiros, entre 18 e 25 anos, com ensino médio completo, para realizar estudos de graduação no país'.
Em retratação pública em relação à interpretação do ocorrido pelos alunos, o professor pediu desculpas. Sobre as denúncias, Cloves afirma que houve um mal entendido, sobre o qual pede desculpas ao estudante Nuhu Ayuba e aos colegas de classe.
'Jamais tive intenção discriminatória, de qualquer espécie, mesmo porque sou, como muitos brasileiros, descendente de africanos, inclusive a minha avó era de Alcântara/MA. Acredito no potencial de todos, e o que exijo como docente é que os estudantes tenham compromisso com o conteúdo da disciplina e com a participação e frequência às aulas', destacou Saraiva.
José Cloves Verde Saraiva, 57, é Professor Associado III, do Departamento de Matemática da UFMA desde março de 1980, após ser aprovado por Concurso Público. Nascido na capital maranhense, Saraiva é Doutor em Matemática pela Universidade de São Paulo.
terça-feira, junho 21, 2011
"Atribui-se a invenção do termômetro ao matemático, físico e astrônomo Italiano Galileu Galilei. Em 1592 usando um tubo invertido, com água e ar, criou uma espécie de termômetro no qual a elevação da pressão exterior fazia com que o ar dilatasse e, em consequência, elevava o nível da água dentro do tubo. Anders Celsius criou uma escala termométrica baseada no valor de evaporação da água e no seu ponto de congelamento, que chamou de 100 e 0 graus. Celsius conseguiu, com a ajuda de Linnaeus, fixar este valor, criando a escala que leva seu nome." Wikipédia
como agora meu corpo resolveu que sou um animal de sangue muito quente- muito 39,2°em média- meu pet predileto é um termômetro digital amarelo. Não vivo mais sem ele. :)
quarta-feira, maio 18, 2011
old entries
Tanta coisa e nenhuma postagem:
Meu fofinho alienware - batizado carinhosamente de Lizard (não The Lizard, nada a ver com o Curt Connors... é que o troço é reptiliano mesmo).
Game of Thrones: livro versus série do HBO.
Minha velha camiseta do Lanterna Verde : desaparecida do armário.
A 3ª edição de Deuses Americanos (finalmente!), Neil Gaiman, ed. Conrad.
O lado incômodo, divertido e esquisito de usar uma aliança.
A 9ª Semana de Museus - que ainda não acabou!
domingo, março 27, 2011
terça-feira, março 22, 2011
Regras de vida
Os 7 conselhos de Fernando Pessoa
1-Não tenhas opiniões firmes nem creia demasiadamente no valor das tuas opiniões
2-Sê tolerante porque não tens certeza de nada
3-Não julgues ninguém,porque não vês os motivos e sim os atos
4-Espera o melhor e prepara-te para o pior
5-Não mates nem estragues porque não sabes o que é a vida,exceto que é um mistério
6-Não queiras reformar nada,porque não sabes a que leis as coisas obedecem
7-Faz por agir como os outros e pensar diferentemente deles.
Será?
da revista ÉPOCA, na resenha de Fernando Pessoa, uma quase autobiografia ( José Paulo Cavalcanti, Ed. Record). olha eu aqui fazendo propaganda!!
segunda-feira, fevereiro 28, 2011
Fim de Fevereiro
Nunca vi mês mais longo, passavam tantos dias e quando dei por mim, ainda faltavam duas semanas para terminá-lo.
Hoje, faz um mês que perdi uma amiga, uma mãe-menina com idade de avó. Comíamos caramelos e picolés, fazíamos coisas escondidas, jogávamos pedrinhas, compartilhávamos histórias. Era alguém como poucos. Moleca, a imagem que ficou não foi do corpo estranho que ajudei a vestir e sim do dia - pouco antes de adoecer - que, tendo perdido um jogo no qual ainda tentara "roubar", foi obrigada a dançar bumba-meu-boi para pagar prenda, um vídeo realmente engraçado que gosto de ver para não ficar triste. Ativa e voluntariosa, era alguém que não parecia ter vivido 74 anos e que devia ter ficado comigo um pouco mais.
Entendo pouco de morte, mas ela mudou de significado. Tornou-se a palavra pesada que meu coração de menina desdenhava quando os mais velhos estremeciam à simples menção. Entendo pouco de morte, já vi tantos bebês e ela foi meu primeiro morto. Ela tinha medo, como mesmo dizia "apenas da hora da passagem". E, foi-se. Eu fiquei aqui, com medo de tudo, de perder quem eu amo, desse ano ruim.
*Dente de Leão: nome vulgar a plantas do gênero Taraxacum. Em alguns lugares do Nordeste, recebe o nome de esperança: abre as janelas e deixa a esperança entrar na tua casa trazida pelo vento da tarde. Foto de não sei aonde, via Google Imagens.
domingo, fevereiro 20, 2011
Innsmouth
"Os velhos telhados e cúpulas da decaída Innsmouth brilhavam adoráveis e etéreos ao má-gico luar amarelado, e imaginei como deviam ter sido nos velhos tempos antes das sombras des-cerem. Depois, correndo o olhar da cidade para o interior, algo menos tranquilizador chamou minha atenção e me paralisou por um segundo." H. P. Lovecraft
Parece, né?
terça-feira, fevereiro 15, 2011
segredos
http://riodetudoumpouco.com.br/blog/?p=4120 |
Há coisas tão ruins,fedem tanto que simplesmente deixam de ter cheiro. Mas podemos vê-las, ouvi-las e falar sobre elas." O medo é a arma dos fracos (...)"
Há coisas para as quais não enxergamos respostas. Tampam-nos o sol. São como pedras grandes demais, não há marretas ou explosivos para elas (mas também não posso deixá-las ao sol, para servir de cama aos lagartos).
Há coisas que eu precisava deixar para apenas para as estatísticas.
Uma vez, Aline me disse que não devíamos reclamar tanto: éramos estudantes e nossos únicos problemas se restringiam a dinheiro. Juro que sinto falta desse tempo. Naquele momento, eu não sabia sobre o que a Aline estava falando. Não mesmo.
Há coisas que eu gostaria de ter descoberto mais cedo.
domingo, fevereiro 13, 2011
São Valentim II
Bem , este é o "Valentine's Day card" que fiz pro Igor. Espero que, mesmo nessa maré de tristeza que estamos, amanhã seja um ótimo dia.
São Valentim
Segundo a tradição, São Valentim foi um bispo católico que desobedeceu a um imperador romano. Como? realizando casamentos! O imperador Cláudio II queria aumentar seus exército e o que melhor do que moços solteiros, que não ficariam ansiosos em terminar as campanhas para voltar para casa? Daí, Cláudio proibiu os casamentos (se ele fosse realmente esperto, saberia que melhor do que proibir casamentos seria um pé na bunda coletivo e todos os soldados de coração partido e muita dor de cotovelo nem iam querer voltar para Roma e matariam com gosto tudo que encontrasse pelo caminho).
São Valentim discordou das idéias malucas do imperador e continuou a casar os enamorados, por isso foi preso e condenado à morte.
Conta a lenda jovens jogavam flores e bilhetes pelas grades da prisão, para dar-lhe esperanças que o amor prevaleceria. Dizem ainda que a filha do carrasco e ele apaixonaram-se.E ela, que era cega, voltou a enxergar.
São Valentim foi decapitado em 14 de fevereiro de 207.
Gosto de histórias de santos católicos. Hoje, descubro que se eu tivesse feito história, estaria mais feliz.
é meninos, não adianta ter saudades do tempo em que o governo proibia casamentos.
14 de fevereiro é ainda:
a véspera das festas à Juno (deusa romana do matrimônio - uma deusa que não era feliz...rs);
data de festas a Pan (deus da natureza);
celebração de rituais de fertilidade;
e, na tradição medieval, o primeiro dia de acasalamento dos pássaros (quem ficava vendo isso???)
sexta-feira, fevereiro 11, 2011
Canção meio acordada - Mário Quintana
Canção meio acordada
"Laranja! grita o pregoeiro.
Que alto no ar suspensa!
Lua de ouro entre o nevoeiro
Do sono que se esgarçou.
Laranja! grita o pregoeiro.
Laranja que salta e voa.
Laranja que vais rolando
Contra o cristal da manhã!
Mas o cristal da manhã
Fica além dos horizontes...
Tantos montes... tantas pontes...
(De frio soluçam as fontes...)
Porém fiquei, não sei como,
Sob os arcos da manhã.
(Os gatos moles do sono
Rolam Laranjas de lã.)"
Para o Iguinho, que quase não acorda.
Para Hermione, que quase não dorme.
quinta-feira, fevereiro 10, 2011
quarta-feira, janeiro 19, 2011
analfabetismo.é uma das palavras que acho mais feias. signo e significado.construção. sonoridade.tudo. e, tentando atualizar meu smartphone, é isso que sou. apenas isso. e não é nem a atualização em si. é o backup. Sincronização de dados do &*%#§@. maldito mundo digital.tecla esmagada essa em que se bate rumo à enxurrada dolorosa de informações. e cá estamos nós, tentando correr contra o tempo e esquecendo as horas de sono para não ficarmos obsoletos. e nem precisa ser algo de informática. é no nosso serviçozinhodecadadia mesmo.
pensando bem, algumas das pessoas que mais convivo me acham uma cidadã de segunda categoria por que não faço, não sou formada e nem trabalho com nada que lembre a área de exatas.às vezes irrita. principalmente quando tenho que escutar ” pra que você quer comprar esse notebook se você não vai usar nem 1/5 da capacidade dele”. ou sobre avanços na minha área que ainda estão sendo vislumbrados e a pessoa jura que sabe tudo sobre as eventuais aplicações. ou que na área de saúde tudo é mais fácil, tudo é fácil demais.ou sobre coisas que só estariam na Mundo Estranho. você não leu sobre isso? não, não li. ou explicando coisas que não perguntei (eu sei o que wiki, mesmo!nem todo mundo que não é da área de informática pensa que wiki = wikipédia).
essa história toda me deixa triste. há uma grande amiga a quem prometi “ensinar usar a internet” – até começamos, mas houve uma pausa para que ela fizesse cirurgias oftalmológicas, o que nem aconteceu direito. agora, ela está com leucemia e nesse pouco tempo que resta, nem ler a interessa mais.existe programa de inclusão digital para idosos? eu quero ser voluntária... obviamente se não houver nenhum smartphone por lá. tudo bem, eu fiz o backup.
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