Sinto a verde seiva inundar-me as entranhas.Uma, duas, três,quatro vezes.Minha alma também está amarga, sinto o gosto da losna e os males da minha falta de costume.Meu corpo inteiro é calor e torpor.Estou pronta para o sonho feérico.Pulsante, esplendoroso, febril...A Terra pára.Por alguns instantes sou eu quem gira. Aos poucos os vapores tornam-se menos densos.Meus sentidos acordam, mas o som do blues parece vir de outra dimensão.Um sussuro em francês me chega ao ouvidos.Não entendo o que diz, mas ele sorri e se aproxima mais...Um Sidhe!Parecia nunca ter saído ao sol e era alto e esguio.Seus olhos negros eram fogo enquanto sorria.E perguntou meu nome...Um papo legal, inteligente do jeito que gosto, sobre coisas que gosto.Não sei se foi a noite inteira ou apenas um segundo.Sei que depois seus lábios eram macios, a língua quente, ávida, doce...Seus carinhos ternos mas com o sabor de seus olhos...Oh, céus! Estávamos descendo as escadas para "tomar ar" na rua estreladaa e eu nem sabia seu nome!E me arrependi por perguntar.Meu Sidhe tinha um nome adorado, desejado mesmo enquanto durmo.Por que esse nome?justo esse nome?!Quis imaginar como seria,mesmo sabendo que meu adorado ser onírico nunca estaria ali, todo de preto numa rua do Reviver, com um desejável sorriso de demônio nos lábios...Eu tinha que esquecer!Então, embriaguei-me mais uma vez em seus beijos de Sidhe e esperei minha consciência dizer que horas eu deveria ir embora...
Desdemona Shade
Um comentário:
minha nossa... algo me diz q isso é bem familiar... e muito me faz lembrar de coisas q me fogem a memoria... como poderia isso se suceder??? não sei...e o q me resta é... a lembrança... dos beijos e do absinto... bjaum, andressa!!!
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