Os “Campos Elíseos” eram parte do Hades onde heróis e pessoas boas continuavam suas vidas, enquanto fossem lembrados aqui nesse nosso plano. Daí vem parte do costume da adoração aos ancestrais dos antigos gregos e romanos. (Bem, isso foi o que aprendi nas aulas de história, ainda no Ensino Fundamental. Se bem que, depois dessa tarde, vou pensar bem antes de abrir a boca – ou escrever sobre algo...indiretamente me chamaram de burra, mas isso é assunto pra outro post menos sério.) Eu estava assistindo The Gladiator. Eu adoro esse filme. Eu choro todas as vezes. Eu chorei dessa também. E me senti bem depois. Muitíssimo bem. E por que esse post é sério? Ele fala de honra. É isso. Mesmo que a inspiração tenha sido a honra de uma personagem hollywoodiana.
Penso que não disse isso somente a uma pessoa, mas lembro bem da quase revolta da última. Eu queria ter nascido homem, e em outra época. Ideais de bravura, lealdade, luta, sangue e glória me seduzem - e é assim desde que me lembro.Tá, pode ser que tenha sido um excesso de novelas de cavalaria, admito. Acho que queria algo meio "Coração de Dragão"
"Um cavaleiro jura bravura,
Seu coração só tem virtudes,
Sua espada defende o oprimido,
Seu poder apóia os fracos,
Sua plavra fala só a verdade,
Sua fúria destrói a maldade..."
Não sei ao certo o que é, mas invejo a fé pela qual se dá a vida (pode ser até uma heresia nesses tempos de Jihad...). Seja na justiça, no futuro de um país, naquilo que se aprendeu a amar ou na esperança de voltar para casa e abraçar alguém de quem se sente muita falta. Eu queria ter sido um guerreiro, nem que minha crença fosse somente punho e espada, um paladino das batalhas, devoto à honra de guerreiro. Mesmo me achando longe da pessoa que gostaria de ser, eu gosto de pensar que seria um guerreiro honrado. Digno, reto, justo, nobre. Eu procuro seguir meu código de cavaleiro que é a ética na ciência, mas há o que melhorar em outros aspectos da vida, eu sei. São tempos difíceis...
Amar algo a ponto de dar sua vida... Acho que é isso que me falta. Admiro a maneira com que o Maximus fala de sua casa, da mulher e filho lhe esperando, da colheita do trigo, na forma com que ele pensa e lembra disso (coisas tão simples e eu com tanto porém a respeito de tudo, sempre lutando para não me apegar a lugar algum ou ninguém por não saber aceitar que nunca se tem o controle das coisas e nada sai exatamente como o planejado).... Parece que me falta algo realmente para dar sentido a tudo. Algo em si sentir pequena, frágil e... Ah, e tanta coisa que nem cabe aqui dizer.
Aquelas cenas
Um comentário:
Os Cavaleiros não morreram, apenas não usam mais espadas na bainha e não andam por aí a cavalo. Suas armas estão dentro de si mesmoas agora. As Damas existem e os Bardos ainda cantam, querida.
A Idade Média ainda continua, mas mudou de roupa.
Creia no que lhe digo.
E certamente os Elíseos existem, mas para lá adentrares, haverás de merecê-lo.
Evohé!
Awmergin, o Bardo e Paldino
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